Numa das salas de concerto mais lindas do Mundo a Filarmónica de Berlim (que teve Karajan como director musical durante 34 anos) transformou-se literalmente e mostrou uma vivacidade e força na interpretação deste movimento como já há muitos anos não se via. O som que Seiji Ozawa conseguiu retirar da orquestra, se assim se pode dizer, foi a meu ver perfeito. Uma apresentação ao vivo de luxo, fazendo justa memória ao génio Karajan.
Hoje voltamos à musica cubana e recuamos 10 anos para assistir à interpretação de El Camisón De Pepa por Compay Segundo, numa apresentação ao vivo que é parte do concerto ao vivo que ele deu no Olympia de Paris. Espero que gostem.
Aos 91 anos Compay Segundo mantinha-se como o grande embaixador da música cubana. Como músico de excelência que era, brindou-nos nesta apresentação ao vivo com uma dose muito singular de alegria e talento.
Hoje pretendo voltar o foco novamente para Jay Chou para apresentar o videoclip oficial da canção Huo Yuan Jia, composta pelo próprio e que é o tema principal do filme Fearless de 2006. Espero que gostem.
Eu pretendi apresentar o videoclip desta música para demonstrar a categoria de Jay Chou enquanto músico. Pessoalmente eu costumo tomar em grande consideração um músico e vocalista quando as suas interpretações ao vivo têm o mesmo nível das que efectua em estúdio ou mesmo as supera e na minha opinião é efectivamente o que acontece com Jay Chou; no post em que vos apresentei a interpretação desta canção por ao vivo num concerto em Tai-pei (quem quiser pode relembrar clicando aqui) Jay Chou supera-se em nível e genialidade a esta interpretação de estúdio. Jay Chou é sinal de modernidade; ele pega em vários estilos (a sua formação musical é muito vasta), trabalha-os com uma técnica apurada e uma exigência em termos de qualidade do "produto final" que supera impressionantemente a maioria dos actuais produtos musicais que vão sendo produzidos ocidente dito moderno, onde nas músicas usa-se e abusa-se de um realismo irritante e por vezes repelente, de um pessimismo militante e de muita falta de qualidade técnica dos vocalistas (e no uso intensivo de efeitos visuais extremamente apelativos para fazer o ouvinte esquecer tantas vezes a falta de qualidade do produto musical). Já uma vez tinha dito que este artista levou o rap para um patamar de excelência nunca atingido anteriormente.
Este é um daqueles números de música e dança que graças à genialidade do compositor da música e dos dançarinos, ganhou estatuto de lenda. É provavelmente a cena de sedução com mais classe que já vi em toda a minha vida.
Completa-se hoje um ano de existência deste blog e aproveito a oportunidade para agradecer todos os comentários e mensagens enviados pelos visitantes ao longo destes 12 meses. Acreditem, que em 23 de Outubro do ano passado comecei a expor os meus gostos musicais na Internet e avisei, salvo erro, oito amigos/as, pelo que é com espanto que chego aos 12 meses de existência deste projecto com um contador já a superar as 10000 visitas, a honra que eu tenho pelos resultados obtidos é indescritível, acreditem. E o desenvolvimento deste projecto permitiu-me também mostrar aos outros a música que gosto e permitiu-me conhecer mais sobre os seus intervenientes (vocalistas, instrumentistas e compositores) na pesquisa de links que vou sempre adicionando a cada post. Reitero então os meus agradecimentos a todos os que me visitam e, enquanto houver disponibilidade da minha parte e interesse do lado de quem me visita vou continuando por cá a mostrar-vos a música que gosto, mas sem sequência lógica, tal como se fosse uma conversa entre amigos.
Agora o nosso post do dia de aniversário:
Abro hoje as portas a mais uma diva do meio operático. No vídeo a seguir vamos assistir à interpretação da ária Mon coeur s'ouvre a ta voix, do 2º Acto da ópera Sansão e Dalila, composta pelo pianista francês Camille Saint-Saëns, pela mezzo-soprano Grace Bumbry. esta apresentação ao vivo ocorreu em Novembro de 2003 na Berlin Opera Night, um espectáculo cujas receitas reverteram para a luta à SIDA, com a Orchester der Deutschen Oper, dirigida pelo maestro Kent Nagano. Espero que gostem.
A Grace Bumbry pertence a uma geração de ouro, de onde se destacam divas inigualáveis como Tereza Berganza, Fiorenza Cossotto, Marilyn Horne entre outras e ela continua a cantar notavelmente numa idade já bem posterior à reforma normal de uma vocalista do meio operático. Nesta apresentação ao vivo, apesar das limitações vocais dos seus já 66 anos na altura, ela deu uma lição magistral de canto. A ária é soberba e a Grace Bumbry é simplesmente magistral nos pianos. A sua postura em palco distingue-se pela grande elegância. Foi a meu ver um momento inesquecível.
Hoje vou recordar convosco um senhor da pop music dos anos 80, Nik Kershaw. No vídeo do youtube vamos assistir à interpretação da música Wouldn't It Be Good, de 1984 (trata-se do videoclip oficial). Espero que gostem.
O Nik Kershaw marcou os anos 80 pela forma como interpretava a música pop e pelo timbre singular da sua voz. Fez-me recordar os meus tempos de teenager.
Hoje voltamos à música rock e no vídeo que vamos assistir à interpretação de We Got It Goin' On dos Bon Jovi (do CD Lost Highway de 2007), retirada do concerto que eles deram em 31/5/08 no Rock in Rio de Lisboa. Espero que gostem.
Esta não é a melhor interpretação desta música, mas vale ouro pela interacção público/artista. Jon Bon Jovi é um mestre no uso da voz e na conciliação do rock com a alegria, energia e boa disposição.
Hoje convido-vos a assistir à interpretação de Tian Tian De por Jay Chou. Esta apresentação ao vivo faz parte de um concerto que o artista fez na cidade de Taipé. Espero que gostem.
Aqui está um exemplo a seguir, este homem sabe cantar em tons alegres para a malta nova, exactamente o oposto que se faz no nosso mundo ocidental, onde na música deifica-se o mal e as desgraças (e depois toda a gente se queixa que há uma onda gigante de depressão global na juventude - evidente que esta não é a única razão, mas que ajuda a manter a moral em baixo, ajuda sim). O seu à vontade em palco é notável; tomaram muitos artistas cantarem com a facilidade e poder do Jay Chou.
O dia do nascimento de Giuseppe Verdi terá sido a 9 ou 10 de Outubro e por isso hoje, para celebrar os 195 anos deste compositor genial (que estou a celebrar aqui no blog desde o início da semana), vamos ouvir Alfredo Kraus a interpretar a ária La Donna è Mobile da ópera Rigolleto (2ª cena do 3º Acto). A apresentação ocorreu em 21 de Fevereiro de 1998 no Teatro Real de Madrid (os reis de Espanha estavam a assistir).
Uma lição magistral de canto de um dos grandes tenores da história, aqui já com 70 anos (faleceu no ano seguinte, 1999). Os seus agudos eram impressionantes e o domínio do aparelho vocal nos pianos era impecável.
Na véspera da comemoração do 195º aniversário do nascimento do compositor Giuseppe Verdi, hoje vamos assistir a uma adaptação de Va Pensiero (o Coro dos Escravos Hebreus, que na versão composta por Verdi corresponde à 4ª cena do 3º Acto da ópera Nabucco), interpretada pelo Russell Watson. Este vídeo faz parte do primeiro concerto dado pelo cantor nos Estados unidos e que ocorreu no Taj Mahal, nos Estados Unidos (não é referido o ano desta apresentação ao vivo).
É espantosa a adaptação da voz do Russell Watson a um registo operático e ligeiro na mesma canção. Eu gosto muito da voz dele.
Hoje voltamos ao registo clássico para ouvirmos no vídeo seguinte uma interpretação da ária Brindisi, da 2ª cena do 1º Acto da ópera La Traviata de Giuseppe Verdi, pela soprano Dame Joan Sutherland e o tenor Luciano Pavarotti. Esta apresentação ao vivo faz parte de um concerto organizado pela estação de televisão americana PBS em 1980. Espero que gostem.
Uma grande apresentação desta ária imortal, por dois ícones do mundo da ópera. Mesmo assim existem melhores interpretações de ambos, mas esta é a única que encontrei disponível na Internet para incorporação num blog. Foi mesmo bom recordar o enorme poder dos agudos da La Stupenda (e o controlo supremo que ela tinha sobre a sua voz) e a facilidade incrível com que o Pavarotti cantava aos 45 anos.
Hoje é a primeira vez que faço um post no blog com amadores, porque trata-se de um caso de excelência. Então, tenho o gosto de vos apresentar Enrique Saldivar e Christine a interpretar The Prayer, espero que gostem.
Trata-se de uma interpretação com bastante nível, para dois amadores que amam a música. As duas vozes em dueto soam muito bem, ambos demonstram largas aptidões para cantar e apenas se aponta a má gestão do vibrato no Enrique quanto ele mantém/prolonga as notas.
Trata-se de uma interpretação de grande nível, onde se evidencia a qualidade superior do resultado final, fruto do profissionalismo mais do que provado dos instrumentistas desta orquestra e do génio interpretativo e directivo do maestro e obviamente também do compositor.
Hoje vamos assistir a um medley interpratado por um dos nomes maiores da Broadway, Ethel Merman. Nesta apresentação ao vivo em 1972 por ocasião do recebimento do seu segundo Tony Award, ela cantou as seguintes canções:
Esta mulher era realmente uma pessoa cujo aspecto e visual eram inversamente proporcionais ao seu talento como artista ... e ela é considerada uma lenda da Broadway, a sua voz era poderosíssima. Aos 64 anos a Ethel Merman apresentou um trio de canções de primeira classe, com a alegria, boa disposição e força com que as mesmas mereciam ser interpretadas.
