sábado, 10 de outubro de 2009

Vera Lynn's medley - 50th anniversary of the D-Day / 1994


Passaram exactamente 70 anos do começo da 2ª Guerra Mundial no passado dia 1 de Setembro onde se relembra a invasão da Polónia pelo Nazis e esse foi o pontapé de saída para o começo do plano infernal de Adolf Hitler o qual foi severamente derrotado 6 anos depois (mas mesmo assim ficaram feridas eternas e que demonstraram que a fronteira da maldade humana pode ser levada para um patamar demoníaco).
Actualmente as lições da 2ª Guerra estão a ficar esbatidas devido grande envelhecimento que essa geração valorosa já atingiu (e portanto os seus testemunhos e lições são cada vez menos ouvidos e tidos em conta), mas eu lembro-me muito bem que na minha infância e adolescência (final de anos 70 e anos 80) os valores da honra e humanismo ainda tinham um peso considerável e surgiam tanto na educação/formação como tinham reflexo em expressões artísticas (estou-me a lembrar de filmes e séries de televisão - por exemplo os Ventos de Guerra).
Dessa nobre geração (que corresponde à dos meus avós e da qual tenho muitas recordações gratas, pelos ensinamentos de vida de recebi, tanto de elementos de família como de pessoas exteriores a ela) hoje abro o blog à Dame Vera Lynn que apesar de já estar com 92 anos decidiu lançar um álbum de sucessos seus no passado dia 25 de Agosto, "We'll Meet Again: The Very Best of Vera Lynn", para comemorar os 70 anos do início da 2ª Guerra e o mesmo,i ncrivelmente, alcançou o nº 1 do UK Album Chart (notícia) no passado dia 13 de Setembro.
O vídeo que se segue corresponde à interpretação de um medley pela artista em 1994 no dia 6 de Junho de 1994, quando se comemorou a passagem do 50º aniversário do dia D (Desembarque na Normandia).
As canções do medley são as seguintes:
- > It's a Lovely Day Tomorrow" (1940).
- > (There'll Be Bluebirds Over) The White Cliffs of Dover (1942).
- > We'll Meet Again (1939).



Interpretação de grande nível (que só peca pela inexistência de uma orquestra a acompanhar a prestação ao vivo da artista) por uma grande senhora então já com 77 anos e que demonstra ser dona de uma voz excepcional, sendo uma mestra em tornear os problemas vocais derivados dessa mesma idade avançada.
Eu tenho muitas saudades destas melodias com mensagens de alegria que efectivamente motivaram uma geração, isto em comparação com as mensagens horrendas em tantas canções actuais que se fazem por aí que só deprimem o público (e por vezes o motiva a fazer disparates).
Note-se o detalhe enternecedor da artista agradecer com uma vénia de bailarina, isto era típico das meninas devidamente educadas há 7/8 décadas atrás.
Quem por acaso vier a ouvir o álbum de êxitos cantados pela artista, agora já com 92 anos, vai ficar espantado com a categoria vocal dessas interpretações (infelizmente não as encontro na Internet).

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