quinta-feira, 16 de julho de 2009

Hungarian Rapsody Nr. 2 - Silvesterkonzert BPO / 1978


Completam-se hoje exactamente 20 anos sobre a morte de um dos maiores maestros da História da Música, Herbert von Karajan (quem quiser ler o obituário do maestro, publicado no New York Times clique aqui). Para relembrar o grande profissional apresento-vos hoje uma série de vídeos e começamos já pelo convite a assistir à interpretação da Rapsódia Húngara nº 2, numa versão para orquestra, composta por Franz Liszt (ver aqui a lista das rapsódias húngaras do compositor) no Silvesterkonzert (Concerto da Noite de S. Silvestre) da Berliner Philharmoniker em 1978 (31/Dez./1978) . Espero que gostem.

1ª Parte:



2ª Parte



Uma peça cheia de sentimentos de raiz cigana (da tragédia à alegria explosiva), impecavelmente transmitidos nesta interpretação dirigida pelo mestre Karajan.

Agora convido-vos a ver um excerto de um documentário sobre a morte do maestro:

LINK.

Não existe embed code para este vídeo, mas trata-se de uma peça valiosa. Nela participam a filha e a esposa do maestro, Eliette von Karajan. Realço as seguintes ideias, que são pedras fundamentais da vida: a profissão tem de ser uma vocação para se dar tudo o que temos por ela (cheios de motivação) e na vida em sociedade a luta pela paz é o dever mais importante de cada um de nós.

Para terminar assistamos a um excerto de uma entrevista de Karajan em 1981 dada a um dos seus maiores alunos, o maestro Seiji Ozawa:



Eu tive a honra e o gosto de ter no meu círculo de amizades uma pessoa 47 anos mais velha do que eu (faleceu em 2007 com 82 anos) e as conversas que eu tinha com ele (muitas marcaram-me para sempre) tinha um ambiente muito similar a esta entrevista; a pessoa em causa tinha uma postura muito similar à do maestro Karajan.
Há aqui mais umas ideias estruturais da vida que gostava de realçar: na música, algo que também se aplica às demais dimensões da vida, o maestro tem um grande trabalho em transmitir o que pretende nos ensaios e no dia da apresentação ao vivo deve apenas orientar, aquela é a hora dos instrumentistas. O chefe transmite as suas ideias e forma as equipas, divide tarefas, cria uma teia de interacções, fomenta o espírito de equipa e o ambiente de confiança entre todos; é grande o trabalho inicial do chefe e posteriormente o seu papel é mais de supervisor geral. Quando não se faz nada disto com profundo sentido do dever, as crises, os maus resultados, o mau ambiente organizacional instalam-se.

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