Estamos na alvorada do último mês do ano e há concertos de música clássica e compositores de eleição que fazem parte da tradição desta época. Hoje entramos já nessa onda e convido-vos a regressar comigo ao dia 1 de Janeiro de 2006 para, no Musikverein de Viena, assistirmos à peça final do Concerto de Ano Novo da Wiener Philharmoniker (a direcção de orquestra esteve a cargo de Mariss Jansons), a Marcha Radetzky de Johann Strauss pai. Espero que gostem.
Este é um dos grandes maestros da actualidade. A sua simpatia e a enorme força das suas direcções orquestrais são imagens de marca, apesar de actualmente já estar com 65 anos. Esta marcha é uma obra prima.
Voltamos à música clássica e pela primeira vez a um solo de piano para assistir à interpretação de La Campanella de Niccolò Paganini por Evgeny Kissin. Esta apresentação ao vivo data de Agosto de 1997 e ocorreu no Royal Albert Hall. Espero que gostem.
Eu confesso que são raríssimas as vezes que gosto de ouvir apenas o piano, mas esta é descaradamente uma dessas vezes. O Evgeny Kissin presenteia-nos aqui com uma interpretação genial de uma peça terrível de ser tocada.
O Enrique, se um dia tiver alguém a apostar forte nele, vai ser um grande vocalista; a interpretação da versão espanhola de My Way está cheia de sentimento, basta ele controlar melhor o vibrato nas notas mais prolongadas e temos (muito sinceramente) um artista quase perfeito.
O post de hoje é dedicado a uma apresentação ao vivo de Dean Martin e Frank Sinatra no Dean Martin New Year's Eve Show de 1971. Nesta apresentação assistiremos a um dueto dos dois, que compreende as seguintes canções:
Interpretações memoráveis de dois grandes amigos. Vozes com esta categoria (especialmente o mestre Sinatra), para nossa desgraça, já não se fabricam. E já agora, isto sim é exemplo de entertainment, estes quase 9 minutos de classe e alegria fazem mais pela nossa boa disposição do que a maioria esmagadora das músicas actuais que só servem para nos deprimir com a justificação patética do realismo (eu não estou contra este tipo de arte, estou sim contra esse estilo de fazer arte ser quase a única opção nos nossos dias).
Hoje quero regressar convosco a 1990 para exibir um vídeo com a interpretação da ária Serbami ognor si fido il cor do 1º Acto da ópera Semiramide, composta em 1823 por Gioachino Rossini, cantado pela soprano Joan Sutherland e pela mezzo-soprano Marilyn Horne. Esta apresentação ao vivo faz parte do concerto de despedida da grande soprano e que ocorreu em Covent Garden. Espero que gostem.
Confesso que não conhecia esta ária; aos 64 anos e na sua despedida La Stupenda mantinha merecido este título que lhe deram em 1960; a sua voz mantinha-se impecável apesar do evoluir da idade. O dueto destes dois monstros do bel canto é fabuloso e eu chamo à atenção em especial à prestação de ambas a partir dos 6:10 min, essa parte empolgou-me dada a perfeita sincronia e o encaixe das vozes ser também perfeito. Deixo aqui o desejo de rápida recuperação do acidente que a Joan Sutherland (que fez 82 anos no passado dia 7 de Novembro) sofreu neste Verão em que um desequilíbrio durante a sua jardinagem em casa resultou em fracturas nas duas pernas (fonte).
Hoje voltamos ao reportório do Jay Chou e no vídeo seguinte vamos assistir à interpretação de Shuang Jie Gun (matracas). Esta apresentação ao vivo pertence ao concerto, da sua tournée mundial de 2007, que ocorreu na cidade de Taipei. Espero que gostem.
Sinceramente este é um dos vídeos mais espectaculares em termos visuais que tenho aqui no blog. No que toca à música, o hip-hop e o rock estão presentes numa combinação fabulosa e o ritmo é avassalador (realce também para a fantástica prestação inicial dos percussionistas). Com o Jay Chou vejo-me a gostar de um estilo de música que eu simplesmente detesto quando é feita por ocidentais. O sentido de ritmo e o poder interpretativo deste taiwanês são magistrais. Se vocês virem os vídeos do Jay Chou ao vivo verificam que a sua preocupação maior é ver o público feliz e divertido, sem nunca diminuir o nível de qualidade da música gerada naquele momento e é aí que ele se distancia de uma forma profundamente positiva dos artistas ocidentais, que infelizmente tantas e tantas vezes são fraquíssimos enquanto músicos e apenas mestres da imagem e do espectáculo visual.
Hoje quero-vos convidar a todos para fechar os olhos e regressarmos a 1993 em Berlim no Teatro Waldbühne para assistir a mais uma apresentação ao vivo do Concerto de Verão da Berliner Philharmoniker (Noite Russa) que naquele ano teve a direcção de orquestra do grande Seiji Ozawa. Assim convido-vos a assistir à interpretação das Danças Polovtsianas do 2º Acto da ópera Príncipe Igor, composta por Alexander Borodin. Espero que gostem.
Estamos indiscutivelmente perante uma interpretação fabulosa desta peça musical. Seiji Ozawa é provavelmente um dos melhores maestros do momento; a Filarmónica de Berlim nas suas mãos transforma-se completamente e tem prestações que a meu ver superam grandemente aquelas que ocorrem sob a batuta do seu actual director artístico.
Hoje convido-vos a recordar comigo mais um grande êxito da década de 80. No vídeo seguinte vamos poder ver o videoclip de Big In Japan dos Alphaville (esta música faz parte do ábum Forever Young que o grupo lançou em 1984). Espero que gostem.
Uma grande música cantada por um vocalista com uma voz muito especial, um timbre inconfundível. Esta música teve um tal sucesso que faz parte da memória colectiva de qualquer pessoa com mais de 30 anos.
Voltando hoje às Zarzuelas vou convidar-vos a ver 0 Plácido Domingo a interpretar a ária No Puede Ser, da zarzuela La Tabernera Del Puerto de Pablo Sorozábal (1936) . Esta apresentação ao vivo faz parte da Operalia de 2003 (e não de 2006 como é anunciado no título do vídeo; o ano de 2003 vê-se perfeitamente atrás do percussionista aos 10 segundos do vídeo) que ocorreu na cidade de St. Gallen (Suíça) no mês de Julho. Espero que gostem.
Uma interpretação soberba do grande tenor, já com 62 anos (aliás esta ária é muito associada ao Plácido Domingo, dada a paixão com que ele sempre a interpretou). O final merecia indiscutivelmente palmas de pé.
Trata-se de uma grande senhora da canção, dotada de uma voz fabulosa e que tem um palmarés que deixa literalmente qualquer um de queixo caído: o acumulado de vendas (álbuns/gravações) ascende a 100000000 de unidades ao longo dos seus 63 anos de carreira (fez a primeira gravação em 1947 e continua cantar e a fazer concertos). Nos dias de hoje há muitas artistas que não têm metade do sentido musical que esta senhora tem; ela toca qualquer um que a oiça, a sua voz é extremamente atraente e aos 80 anos (fez 81 no Sábado dia 8/11) mantinha uma afinação irrepreensível como se verificar nesta apresentação ao vivo de Agosto de 2007.
Nas minhas pesquisas consegui afinal encontrar mais um vídeo do Concerto de Ano Novo da Wiener Philharmoniker que se realizou em 1/1/2008 no Musikverein de Viena, sob a batuta do maestro Georges Prêtre e portanto tenho o prazer de vos apresentar desta vez a interpretação de Versailler-Gallop (Op. 107) de Johann Strauss pai. Espero que gostem.
Mais uma apresentação de luxo, de uma peça do Strauss pai estreada pelo Georges Prêtre nos Concertos de Ano Novo. Eu sempre que vejo este grande senhor da música espanto-me com a vitalidade e alegria que ele apresenta numa idade já muito considerável (é como se costuma dizer, "quem corre por gosto não cansa" ... e até ganha saúde).
Estou a terminar convosco a apresentação dos vídeos que consegui encontrar na Internet relativos ao Concerto de Ano Novo da Wiener Philharmoniker que se realizou em 1/1/2008 no Musikverein de Viena, sob a batuta do maestro Georges Prêtre. No vídeo que se segue podemos assistir às interpretações ao vivo de Die Libelle, Polka Mazur (Op. 204) de Josef Strauss e de Die Pariserin, Polka Française (Op.238) de Johann Strauss filho. Espero que gostem.
A primeira peça é um espelho da sensibilidade inigualável do Josef Strauss e a mesma aliada à sensibilidade musical do Georges Prêtre faz-nos literalmente voar com ele, rasantes às águas de um lago tal e qual uma libélula (efeito produzido de forma fabulosa pelos violinos). A polka da rapariga francesa, composta pelo genial Johann Strauss filho faz-nos logo pensar nas meninas parisienses do século XIX, todas coquettes. Eu devo ao maestro Georges Prêtre o meu novo despertar pela música; foi há cerca de 2 anos que o vi no canal Mezzo e fiquei completamente vidrado/apaixonado/tocado/empolgado pela forma como este homem aborda a música e a apresenta ao público (a sua alegria é contagiante). Ele foi a causa de aparecimento deste blog e daí a razão do primeiro post ter sido dedicado a ele com uma fantástica interpretação da Dança Húngara nº 1 (link). Dado que ele já está com 84 anos é natural que as suas futuras apresentações ao vivo não venham a ser muitas e portanto aconselho vivamente quem quiser e puder, a comprar os DVDs do Concerto de Verão da Filarmónica de Berlim no Teatro Waldbühne em 1992 (link) e o Concerto de Ano Novo da Filarmónica de Viena (link) e apaixonem-se pelas apresentações ao vivo deste maestro genial, com um som de excelência. Quem puder ainda estar em Veneza na passagem de ano, trate de comprar bilhetes para o Concerto de Ano Novo do Teatro La Fenice, onde Georges Prêtre vai marcar segunda presença, porque em 2005 o seu sucesso foi tal que deixou saudades.
Hoje voltamos à minha banda rock preferida para assistir à interpretação de Summer Moved On pelos A-Ha que se apresentaram ao vivo no Concerto do Prémio Nobel da Paz de 1998, que ocorreu no City Hall da cidade de Oslo. Espero que gostem.
Naquela noite a voz de Morten Harket estava perfeita; ele fez parecer facílima uma interpretação desta música que na realidade é muito exigente e isso é sinal de mestria na arte vocal. Para mim esta apresentação ao vivo vale ouro pela harmonia e sentimento transmitido ao público.
Dada a qualidade superiormente reconhecida pelo público para maioria dos temas musicais dos filmes da série 007, hoje vamos assistir ao videoclip de A View To A Kill, tema principal do filme 007 com o mesmo nome, interpretado pelos Duran Duran (1985). Espero que gostem.
Uma das grandes músicas dos filmes 007. Esta prestação dos Duran Duran fica facilmente no ouvido, fruto da qualidade superior da música, da voz e da orquestração. Esta foi mais uma música a trazer-me boas recordações dos meus tempos de adolescente.
