segunda-feira, 27 de julho de 2009

The Impossible Dream - Samuel Ramey / 1991



O convite de hoje é para assistirmos a uma nova interpretação da canção The Impossible Dream da peça musical Man of La Mancha desta vez pelo baixo-barítono Samuel Ramey. Esta apresentação ao vivo faz parte da "The Metropolitan Opera Silver Anniversary Gala", ocorrida em 1991 (25º aniversário da Metropolitan Opera House, situada no Lincoln Center for the Performing Arts) com a direcção de orquestra a cargo do maestro James Levine. Espero que gostem.




No registo vocal grave Samuel Ramey é um mestre incontestado e sem rival à sua altura. Esta interpretação é magistral em termos vocais, agora numa opinião pessoal considero que o Ed Ames interpreta esta canção com mais "alma" (quem quiser relembrar clique aqui).

domingo, 26 de julho de 2009

William Tell & Son - The Danny Kaye Show / 1966


Num ambiente de boa disposição vamos assistir hoje a uma passagem de um dos episódios do The Danny Kaye Show de 1966, onde Danny Kaye interpreta o número William Tell & Son (fazendo de pai e filho simultaneamente) que é uma adaptação da abertura da ópera Guilherme Tell de Gioachino Rossini. Espero que gostem.



Um número impecável para demonstrar o talento e versatilidade do Danny Kaye enquanto artista.

sábado, 25 de julho de 2009

Калинка - Montserrat Caballé & Николай Басков / 2009



O convite de hoje é para assistir à interpretação de uma música popular russa famosíssima, Kalinka, em dueto com o tenor ligeiro Nikolay Baskov e a soprano Montserrat Caballé. Esta apresentação ao vivo faz parte de um concerto ocorrido no passado mês de Abril em S. Petersburgo. Espero que gostem.




Eu só pergunto uma coisa: como é que é possível a Montserrat Caballé continuar a cantar magistralmente aos 76 anos? Montserrat Caballé é um fenómeno da Natureza. No ano passado eu já tinha ficado espantado com a sua interpretação fabulosa, a um mês de fazer 75 anos (Março de 2008), da canção March With Me do Vangelis (quem quiser relembrar o post clique aqui) e neste ano eu curvo-me perante o seu talento e capacidade vocal inacreditáveis.
Uma senhora com mais de 50 anos de carreira e que é uma das sopranos de referência do século XX, apesar de todos os enormes êxitos mantém uma postura humilde no palco e na vida (algo que admiro sinceramente, acho-a um exemplo de vida) e adora distribuir boa disposição por onde passa. É notável o gosto que a artista tem de actuar com pessoas das gerações mais novas e isso está a dar-lhe um estatuto de quase "imortalidade" no mundo da música.
Esta interpretação com Nikolay Baskov, que tem inegavelmente uma grande voz, deixou o tenor russo empolgado e emocionado. Acho que os momentos finais da interpretação deste verdadeiro hino da Rússia são magistrais e a entrada da Montserrat Caballé aos 1.36 minutos é um momento mágico.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Fly Me To The Moon - Frank Sinatra / 1966


Dado que hoje se comemora um grande momento da História Universal que foi a primeira alunagem que ocorreu em 20/Jul./1969, o tema deste post vai ter a Lua obrigatoriamente como tema de fundo. Assim, vamos ouvir uma interpretação de Fly Me To The Moon por Frank Sinatra e esta apresentação ao vivo faz parte de um programa de televisão realizado em 1966, "Frank Sinatra, a Man and His Music - Part II" onde o Sinatra foi acompanhado pelas orquestras de Nelson Riddle e Gordon Jenkins. Espero que gostem.



O Sinatra era o rei do fraseado e o talento e a facilidade com que ele o fazia, nunca mais foi igualado no universo da música. Com uma voz fabulosa e um poder interpretativo único, o Frank Sinatra foi indiscutivelmente o rei do swing.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Hungarian Rapsody Nr. 2 - Silvesterkonzert BPO / 1978


Completam-se hoje exactamente 20 anos sobre a morte de um dos maiores maestros da História da Música, Herbert von Karajan (quem quiser ler o obituário do maestro, publicado no New York Times clique aqui). Para relembrar o grande profissional apresento-vos hoje uma série de vídeos e começamos já pelo convite a assistir à interpretação da Rapsódia Húngara nº 2, numa versão para orquestra, composta por Franz Liszt (ver aqui a lista das rapsódias húngaras do compositor) no Silvesterkonzert (Concerto da Noite de S. Silvestre) da Berliner Philharmoniker em 1978 (31/Dez./1978) . Espero que gostem.

1ª Parte:



2ª Parte



Uma peça cheia de sentimentos de raiz cigana (da tragédia à alegria explosiva), impecavelmente transmitidos nesta interpretação dirigida pelo mestre Karajan.

Agora convido-vos a ver um excerto de um documentário sobre a morte do maestro:

LINK.

Não existe embed code para este vídeo, mas trata-se de uma peça valiosa. Nela participam a filha e a esposa do maestro, Eliette von Karajan. Realço as seguintes ideias, que são pedras fundamentais da vida: a profissão tem de ser uma vocação para se dar tudo o que temos por ela (cheios de motivação) e na vida em sociedade a luta pela paz é o dever mais importante de cada um de nós.

Para terminar assistamos a um excerto de uma entrevista de Karajan em 1981 dada a um dos seus maiores alunos, o maestro Seiji Ozawa:



Eu tive a honra e o gosto de ter no meu círculo de amizades uma pessoa 47 anos mais velha do que eu (faleceu em 2007 com 82 anos) e as conversas que eu tinha com ele (muitas marcaram-me para sempre) tinha um ambiente muito similar a esta entrevista; a pessoa em causa tinha uma postura muito similar à do maestro Karajan.
Há aqui mais umas ideias estruturais da vida que gostava de realçar: na música, algo que também se aplica às demais dimensões da vida, o maestro tem um grande trabalho em transmitir o que pretende nos ensaios e no dia da apresentação ao vivo deve apenas orientar, aquela é a hora dos instrumentistas. O chefe transmite as suas ideias e forma as equipas, divide tarefas, cria uma teia de interacções, fomenta o espírito de equipa e o ambiente de confiança entre todos; é grande o trabalho inicial do chefe e posteriormente o seu papel é mais de supervisor geral. Quando não se faz nada disto com profundo sentido do dever, as crises, os maus resultados, o mau ambiente organizacional instalam-se.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Florentinský Pochod - Berliner Philharmoniker / 2006


Do universo das marchas militares hoje convido-vos a assistir a uma interpretação da Marcha Florentina. Op. 214, composta em 1907 por Julius Ernst Wilhelm Fučík. Esta apresentação ao vivo faz parte do concerto de Verão de 2006 da Berliner Philharmoniker no Teatro Waldbühne de Berlim e nesse ano a orquestra foi dirigida pelo maestro estoniano Neeme Järvi. Espero que gostem.




Uma interpretação de luxo. Neeme Järvi tem um enorme talento para retirar sons verdadeiramente grandiosos de uma orquestra (na minha opinião ele é inigualável na direcção de marchas) e se a isto associarmos a sua enorme boa disposição no pódio entende-se facilmente a razão pela qual este é um momento musical que que está perto da perfeição.

domingo, 12 de julho de 2009

I'll Be Hard To Handle - Fred Astaire & Ginger Rogers / 1935


Hoje regressamos aos tempos imediatamente anteriores à 2ª Guerra Mundial para assistirmos ao número de dança, I'll Be Hard to Handle (o nome do número está errado no título do vídeo do youtube), do filme Roberta realizado em 1935 por William A. Seiter, interpretado por Fred Astaire e Ginger Rogers. Espero que gostem.



Na década de 30 foram realizados a maioria quase absoluta melhores musicais de toda a história do cinema e este filme Roberta é uma obra de referência dessa década de ouro. Se há coisa que eu exijo aos artistas é que me surpreendam com classe/estilo e isso é feito com mestria neste número musical. A parte do diálogo em dança é no mínimo genial. E já agora uma nota positiva para as calças e blusa da Ginger Rogers, ela está linda e cheia de estilo neste excerto do filme.

sábado, 11 de julho de 2009

Shout - Tears For Fears / 2007



Sendo eu um teenager dos anos 80 e tendo tantas gratas recordações musicais desse tempo é normal que neste blog eu já tenha revisitado muitos vídeos da altura e outras tantas apresentações ao vivo actuais de bandas formadas durante a década de 80.
Hoje tenho o gosto de vos convidar a ouvir uns grandes senhores da música, os Tears For Fears a interpretar o seu mega êxito de 1984, Shout, num dos concertos da Night of The Proms em 2007 na cidade de Antuérpia. Espero que gostem.



Este é provavelmente um dos melhores vídeos de todo o blog nos géneros pop/rock. Os arranjos e o acompanhamento orquestral estão magistrais e esta dupla de músicos mantém um nível de profissionalismo e talento impressionantes (destaco a voz inesquecível do baixista, Roland Orzabal).

domingo, 5 de julho de 2009

Die Libelle - Neujahrskonzert 1989



Hoje convido-vos para retornar a 1989 com o o objectivo de assistir à interpretação de Die Libelle, Polka Mazur (Op. 204) de Josef Strauss no Neujarhskonzert der Wiener Philharmoniker que se realizou no Musikverein de Viena, sob a batuta do maestro Carlos Kleiber. Espero que gostem.


Carlos Kleiber era muito excêntrico e o seu talento enquanto músico gerava por vezes (na minha opinião nem sempre) versões fantásticas de peças dirigidas por ele. Embora ele não chegue ao nível genial da interpretação dirigida por Georges Prêtre no concerto de Ano Novo de 2008 (relembrar aqui) este foi sem dúvida um belo momento de música vienense.

sábado, 4 de julho de 2009

A Foggy Day - Frank Sinatra & Willie Nelson / 1994


Em 1993 e 1994, segundo consta como resposta a um desafio dos netos, o mestre Frank Sinatra tendo terminado a sua carreira discográfica em 1984 aos 69 anos, reconsiderou e gravou dois álbuns de duetos, Duets e Duets II sendo que cada um deles, segundou constou na altura, foi comprado por 20% da população do planeta (1000 milhões de unidades vendidas).
O vídeo de hoje pertence a um programa de homenagem ao Sinatra feito na década de 90 que aborda a gravação dos dois álbuns e podemos então assistir à interpretação de A Foggy Day de George Gershwin e Ira Gershwin (link para o site da família Gershwin aqui) num dueto de Frank Sinatra e Willie Nelson (gravação de 1994, esta música pertence ao Duets II). Espero que gostem.




Foi uma junção de dois mestres de dois estilos musicais completamente diferentes e cujo resultado ficou para a história. Sinatra então com 79 anos ainda mantinha o seu brilho que o elevou décadas antes à posição de maior cantor da história da música e segundo li na altura ele gravou ambos os álbuns em poucos dias. Quase todas as gravações foram à primeira tentativa e isso foi algo que deixou espantados os artistas que cantaram com ele.
Quanto à música e ao resultado deste dueto, faço minhas as palavras do grande mestre: "Man, if you don't like that, you don't like ice cream!".