Aproveitando para desejar uma excelente passagem de ano para todos os visitantes deste blog hoje deixava um vídeo com um excerto do concerto que o grande Danny Kaye deu em 1948 no London Palladium. Para além de ser um momento para se poder apreciar o génio do artista, a paródia que ele faz aos cantores vaidosos, "good looking" e que simplesmente não sabem cantar, é simplesmente uma obra prima (isto aplica-se a tantos pseudo-artistas que por aí pululam, o que chega a ser inquietante).
Ao chegar ao fim do ano é altura de concertos de música sinfónica sumptuosos e hoje vamos recordar aqui uma passagem do Concerto de Ano Novo, de 2002, da Wiener Philharmoniker, dirigida pelo maestro Seiji Ozawa, em que é apresentada a abertura da opereta Die Fledermaus de Johann Strauss II.
Quem gostar deste tipo de música sugiro que aceda ao link da Filarmónica de Viena e veja o programa do Concerto de Ano Novo deste ano que vai ser dirigido pelo grande maestro Georges Prêtre, a não perder segundo a minha opinião (RTP1, dia 1 de Janeiro às 14.10h). Neste ano vão ser tocadas apenas peças da família Strauss.
Em 1973 Frank Sinatra gravou um programa de TV para marcar o seu regresso da reforma e actuou ao pé de muitos dos seus amigos onde figuravam no público vários monstros sagrados do mundo artístico de todo o século XX. Desse espectáculo encontrei um vídeo com a apresentação de Nice'N Easy com Sinatra a cantar e o grande Gene Kelly a dançar fabulosamente como só ele sabia e já com 61 anos. Espero que gostem.
Devo confessar que uma das peças clássicas para orquestra que mais me toca, do pouco que conheço como deve ser, é a Suite da ópera Carmen de Georges Bizet e ontem descobri no youtube uma apresentação que numa opinião pessoal atinge o nível de genialidade de uma outra que tenho em DVD interpretada pela Orquestra Filarmónica de Berlim dirigida por Georges Prêtre (1992, Waldbühne) e trata-se de uma gravação de um concerto da NBC Symphony Orchestra em 5/8/1952 no Carnegie Hall, com o grande maestro Arturo Toscanini.
É véspera de Natal e aproveito para desejar a todos os que lêem este blog (um sincero agradecimento a todos os que me têm vindo aqui fazer uma visita), um Santo e Feliz Natal. Dentro do espírito aproveito para deixar aqui um vídeo da canção Have Yourself a Merry Little Christmas cantada por Judy Garland no filme Meet Me In St. Louis, de 1944.
Estando nós quase no dia de Natal lembrei-me de vos apresentar a suite do bailado O Quebra Nozes de Tchaikovsky, que está tradicionalmente ligado a esta época do ano. A apresentação que se segue insere-se no Concerto de Verão da Berliner Philharmoniker no Teatro Waldbühne de Berlim, em 1993 ("A Noite Russa"), tendo a orquestra sido soberbamente dirigida pelo maestro Seiji Ozawa.
Parte I
Parte II
Uma obra que retrata o génio do compositor, o profissionalismo brilhante desta grande orquestra que é a Filarmónica de Berlim e o toque de génio do grande maestro asiático.
Hoje pretendo deixar aqui a música principal do CD que os A-Ha lançaram em 2002; Lifelines. O vídeo é uma apresentação ao vivo da banda no programa de televisão da BBC, Top Of The Popsem Julho de 2002.
Para hoje temos um dueto de luxo: Placido Domingo e Montserrat Caballé cantam a ária Cállate Corazón da zarzuela Luisa Fernanda de Federico Moreno Torroba. Esta apresentação faz parte de um concerto que ocorreu no Auditorio Nacional de Madrid a 6 de Janeiro de 1993 com a Orquestra Sinfónica de Madrid.
Palavras para quê? Uma voz feminina de anjo e uma voz masculina sem mácula. O resultado só poderia ser fabuloso.
Apresento-vos de seguida um vídeo histórico onde encontramos o tenor Giacomo Lauri Volpi a cantar a famosa ária Nessun Dorma da ópera Turandot de Giacomo Puccini. A apresentação ocorreu em 26/1/1972 no Teatro del Liceo de Barcelona. Este grande tenor dá-nos aos 80 anos uma lição de profissionalismo difícil de esquecer, a prestação é brilhante em termos de técnica e apesar das limitações óbvias da idade.
Obviamente que no futuro esta ária será objecto de mais posts de outros tenores, mas sinceramente acho esta apresentação no mínimo, inesperada e brilhante.
Hoje venho recordar um ano de ouro no mundo artístico, 1989, onde, entre muitas outras coisas, se celebraram os 50 anos da estreia do filme E Tudo O Vento Levou. Nesse ano os cantores Marc Almond e Gene Pitney juntaram-se para criar um dueto memorável do sucesso de 1967, Something´s Gotten Hold Of My Heart. Apresento de seguida o vídeo de uma apresentação de ambos no programa de televisão de Terry Wogan nesse mesmo ano.
Trata-se de uma das músicas da minha vida. Duas vozes puramente excepcionais, sendo que no caso de Gene Pitney foi a única vez, pelo menos até à data presente que gostei de ouvir alguém cantar com uma voz destas (mesmo o típico tom do menino mimado e berrão, mas com uma melodia fabulosa).
Fica então a homenagem a esse grande senhor que foi Gene Pitney (faleceu no ano passado) e ao grande vocalista que foi Marc Almond (isto, porque para mim deixou de o ser já há muitos anos).
Hoje proponho um excerto do concerto de Verão da Berliner Philharmoniker em 1992 no Teatro Waldbühne em Berlim, a Noite Francesa, dirigida pelo genial maestro Georges Prêtre Eu tenho este DVD e aconselho-o vivamente a quem gosta de música clássica, é um concerto onde foi atingido o nível da excelência. Segue-se então o Concerto para a Mão Esquerda (1929 -1930) para Piano e Orquestra de Maurice Ravel, sendo o solista o grande pianista e maestro Leon Fleisher.
O post de hoje permite-me fazer uma pequena homenagem a duas deusas do canto já falecidas: Ella Fitzgerald e Dinah Shore. O vídeo contém um fabuloso medley de blues cantado por ambas no Dinah Shore Show (suponho que este vídeo seja da década de 60).
Este dueto em minha opinião vale pelas duas vozes fabulosas e que "encaixam" na perfeição a cantar em dueto.
Hoje lembrei-me de voltar ao registo clássico para apresentar a abertura da obra orquestral 1812 de Tchaikovsky, numa apresentação magistral durante o concerto de Verão dado pela Berliner Philharmoniker em 1993 no Teatro Waldbühne de Berlim. E, para se atingir o cume da perfeição, a direcção da orquestra esteve a cargo do grande maestro Seiji Ozawa.
Parte I
Parte II
Interpretação de luxo para uma peça musical majestosa. Desde o começo, com o peso do som dos violoncelos e dos contrabaixos ao poderosíssimo final, toda a obra é poderosa.
Hoje comemoram-se 92 anos do nascimento de um dos maiores cantores da história da música e por isso o post de hoje é para ele mesmo, Frank Sinatra. De seguida, podemos vê-lo a cantar num vídeo de 1945, If You Are But A Dream e The House I Live In, num interessante filme da época da 2ª Guerra Mundial.
Hoje lembrei-me de ir procurar uma interpretação de uma Zarzuela e encontrei no youtube uma das mais lindas árias, Quiero Desterrar De Tu Pecho El Temor, da Zarzuela La Del Soto Del Parral de Soutullo e Vert, cantada por Placido Domingo. Esta apresentação é parte de um concerto ocorrido na cidade de Salzburg no passado dia 12 de Agosto.
Considero fabulosa esta interpretação pela idade que este grande tenor já tem (66 anos), embora ele já não atinja os agudos de antigamente, o poder e projecção da sua voz mantêm-se brilhantes.
Para hoje pretendia apresentar um excerto de uma prestação conjunta da soprano Beverly Sills e do actor e músico Danny Kaye, onde ambos parodiam a ópera. É pena não haver mais dados para localizar geograficamente e temporalmente este vídeo, mas ele é, a meu ver, genial e não poderia deixar de ter uma citação neste blog.
Hoje e mais uma vez aproveito para relembrar a prestação dos Bon Jovi no mega concerto Live8 em 2005 com um sucesso do CD da banda desse mesmo ano; Have a Nice Day.
Como já disse em postas anteriores da banda, acho que é de elogiar a voz única do Jon Bon Jovi e a genialidade do guitarrista. Passadas mais de duas décadas desde a sua estreia, eles continuam a brilhar nos palcos de todo o mundo e é isso que interessa.
A ideia de criação deste blog está a permitir fazer um regresso ao passado e recordar músicas que marcaram os meus anos de teenager. Hoje venho aqui recordar uma música que foi lançada quando eu tinha 16 anos (1988) e foi mais um grande êxito dos A-Ha: Stay On These Roads. O vídeo que deixo de seguida é retirado do concerto que a banda deu na cidade de Oslo no dia 24 de Março de 2001.
Segundo soube, está previsto o lançamento para breve de um novo CD da banda e indubitavelmente que continuam a merecer toda a minha atenção e interesse. A voz de Morten Harket é única e não é só pelos agudos que alcança, a meu ver a expressividade da sua voz é incomparável.
Voltando a um registo mais clássico, hoje apresento-vos o Vôo Do Besouro de Rimsky Korsakov. A apresentação é um extracto do concerto de Verão de 1997 no Teatro Waldbühne em Berlim, pela Berliner Philharmoniker e dirigida pelo maestro Zubin Mehta.
Juntando dois nomes grandes da música, Frank Sinatra e António Carlos Jobim, hoje apresento um vídeo, salvo erro de um programa de televisão gravado em 1967 em que os dois cantam em dueto The Girl From Ipanema.
Este dueto tornou-se um marco universal da Bossa Nova e foi pena os dois terem-se juntado apenas mais uma vez e 27 anos depois para gravar uma das músicas do 2º CD de duetos do Sinatra (Duets II - 1994, Fly Me To The Moon).
Da mesma forma que encontrei aquele excelente cantor de 80 anos, chamado Ed Ames e que já foi objecto de um post aqui no blog, hoje deixo aqui uma apresentação musical que vale pelo poderoso exemplo de coragem de quem a fez. No programa da PBS, "My Music: 50's Pop Parade", transmitido no passado dia 1 de Agosto actuou também Tony Martin, que no próximo dia de Natal vai fazer 95 anos. Eu não conhecia este cantor, que é marido da bela bailarina e actriz Cyd Charisse. Na sua prestação cantou Begin The Beguine de Cole Porter e There's No Tomorrow, a versão inglesa de O Sole Mio.
Este artista tem uma voz ainda controlada e, mesmo com os vibratos derivados de uma idade extremamente avançada, é agradável de se ouvir. A geração deste homem praticamente já não existe no mundo dos vivos e portanto, para mim, que sempre gostei de ver filmes antigos, foi um gosto enorme rever um artista do tempo da 2ª Guerra Mundial recriar o ambiente de salão como ninguém consegue hoje ao tentar imitar os artistas desse tempo.
Eu só espero que este vídeo permaneça no youtube, porque é uma lição de canto de um nonagenário para quem tem menos uns setenta anos do que ele e que pretende afirmar-se como artista nos palcos apenas pelo look chocante e não pelo talento vocal.
Voltando à banda norueguesa A-Ha, que em minha opinião são um verdadeiro espectáculo ao vivo, hoje podemos vê-los a cantar Analogue, do álbum de 2005. Esta apresentação é de um concerto que a banda deu no Senegal em Março de 2006.
Como eu costumo dizer quando uma música deixa-me empolgado: excelence in music, enough said!
Relembrando mais uma vez o grande realizador Sir David Lean e o compositor genial que é Maurice Jarre, apresento de seguida a suite do filme Passagem para a Índia, que eu vi no ano da sua estreia, tinha eu 12 anos. Esta apresentação está inserida no espectáculo de homenagem póstuma ao realizador, ocorrido em 1992 e Maurice Jarre dirige a Royal Philharmonic Orchestra. Espero que gostem.
Existem muitos realizadores, mas a obra de David Lean é incomparável, são as obras primas feitas por um grande profissional e um grande cavalheiro. O trabalho em parceria com Maurice Jarre produziu um conjunto de bandas sonoras eternas e espero humildemente que este blog dê a conhecer aos mais novos estas belas peças musicais.
Se é um cliché dizer que a internet mudou a vida da humanidade, hoje vou dar testemunho disso mesmo, porque em pesquisas efectuadas no youtube acabei por encontrar um cantor que teve os seus tempos áureos há 4/5 décadas e no passado mês Agosto, fez uma apresentação memorável num programa da PBS. Estou a falar de Ed Ames e no vídeo que se segue podemos ouvi-lo cantar o sucesso de 1967 My Cup Runneth Over, Try To Remember de 1965 e ainda The Naughty Lady Of Shady Lane.
1ª Parte
2ª Parte
Depois de ver este vídeo pela primeira vez fiquei fã deste senhor de 80 anos, porque gosto demais da voz dele. Acho espantoso o controlo que o cantor tem sobre a voz, o que não é nada fácil na idade dele. De tal forma considero este cantor de elite, que ele supera as capacidades vocais de muitos superstars dos tempos actuais, o que pessoalmente acho uma vergonha. É um sinal do pouco empenho, a meu ver, dos cantores actuais em procurar exigir o máximo de si mesmos para ir caminhando dia a dia atrás desse horizonte chamado perfeição.
Voltando ao reportório dos Il Divo, hoje deixo-vos aqui uma música que é a versão em italiano do grande sucesso Unchained Melody, Senza Catene. Esta música saiu no CD Ancora (2005) e, como apreciador deste grupo pela excelência das vozes, é escusado dizer que considero esta prestação ao vivo de grande qualidade.
Estando a pesquisar no youtube, deparei-me com um artista do qual apenas conhecia o nome, nunca o tinha ouvido cantar e que é o tenor Mario Frangoulis. Procurei ouvi-lo a cantar várias músicas, de ópera e não só e fiquei a gostar da sua voz, embora nem sempre o ache memorável, inesquecível. Apresento-o de de seguida a cantar Begin The Beguine, composto pelo genial Cole Porter. Esta apresentação está integrada no Concerto Voices For Darfur, que ocorreu em Dezembro de 2004 no Royal Albert Hall.
Depois de ver o vídeo apenas pensei uma coisa; este tenor nasceu para cantar Cole Porter!
Aproveitando a proximidade da estreia do Maestro Georges Prêtre, aos 83 anos, na direcção da Wiener Philharmoniker no Concerto de Ano Novo, hoje podemos ver um ensaio da ópera Carmen de Georges Bizet, do ano de 1972. Este ensaio ocorreu Teatro Alla Scala de Milão e podemos ouvir cantar a mezzosoprano Fiorenza Cossoto (uma linda voz, que eu conheci neste vídeo).
O som que este maestro extrai de uma orquestra é único (os seus pianíssimos são fabulosos) , tem um toque muito pessoal e que não encontro nos outros maestros. Conseguiu tornar este leigo (em matéria de música clássica) que vos escreve num fã incondicional das suas apresentações musicais e só tenho pena de o ter "conhecido" já com uma idade já tão elevada.
Para mim as duas melhores vozes do século passado foram Frank Sinatra e Nat King Cole, tendo hoje este último honras de postagem neste blog. Conheci este cantor tinha eu 17 anos e tal deveu-se ao fascínio associado ao seu tom de voz. O vídeo que se segue é uma apresentação ao vivo e a cores, que suponho ser dos anos 60, da música Ramblin' Rose. Espero que gostem.
Este artista era muito pouco expressivo em palco e bastou a sua voz única para que o mundo lhe caísse a seus pés e uma das faces negativas do seu êxito arrasador foi ele ter sido vítima de racismo vezes sem conta nas décadas de 50 e 60.
O maestro e compositor Ennio Morricone foi, muito justamente agraciado este ano com um Óscar pelo conjunto da sua carreira. Embora eu já conhecesse vários temas musicais dele, através dos filmes que fui vendo ao longo dos anos no cinema e através do clube de vídeo, nunca os tinha associado ao seu compositor nem ouvido esses mesmos temas interpretados por uma orquestra, o que os eleva ao estatuto de verdadeiras obras primas. Para confirmar isso mais uma vez, apresento de seguida a interpretação de Novecento, num concerto dado em 2005 na cidade de Munique e, se as minhas pesquisas não me enganam, Ennio Morricone dirige neste concerto a Orquestra Filarmónica de Munique.
Para hoje damos lugar a uma peça obrigatória no final de cada uma das noites do Festival de Verão no Teatro Waldbühne em Berlim com a BPO: nesta apresentação integrada na Noite italiana em 1996, o maestro Claudio Abbado dirige a Berliner Philharmoniker numa interpretação muito especial da Berliner Luft de Paul Lincke (arr. Klaus Wallendorf).
Este arranjo é especial e revela o excelente ambiente de amizade que existiu entre o maestro e a orquestra nos anos em que ele esteve à frente da mesma (1989 - 2001). E aproveito este post para desejar a este grande maestro a recuperação de saúde possível dado o seu estado para que ele possa retomar o seu trabalho tão apreciado no mundo inteiro.
Hoje viajamos para o outro lado do mundo e encontramos um dueto divinal com duas vozes únicas, Russell Watson e Hayley Westenra: a música é Pokarekare Ana, um verdadeiro hino da Nova Zelândia. Este dueto ocorreu num concerto dado por Russell Watson em Fevereiro de 2002 ba cidade de Auckland, com a Auckland Philharmonia Orchestra.
Isto é efectivamente um dueto fabuloso e aproveito este post para deixar os desejos de total recuperação da operação a um tumor no cérebro a que o Russell Watson foi sujeito há relativamente pouco tempo.
Voltando para um registo hard rock, hoje quero apresentar It´s My Life dos Bon Jovi, retirada de um concerto ao vivo no Wachovia Center em Philadelphia no ano de 2005.
Está-se aqui, a meu ver, perante uma apresentação musical de excelência, pelo ambiente criado e pelo profissionalismo da banda, onde se destaca a mestria inquestionável do vocalista (Jon Bon Jovi) e do guitarrista (Richie Sambora). Ver este vídeo vem deitar por terra opiniões absurdas e que frequentemente se ouvem nos media, de que já não se fazem apresentações musicais de excelência, porque já não há músicos como antes. É escusado dizer que discordo totalmente com esse tipo de afirmações; se assim não fosse eu não teria criado este blog para compilar apresentações musicais, que numa perspectiva puramente pessoal, considero excepcionais e por vezes mesmo lendárias e onde figuram muitos artistas vivos.
Voltando hoje à ópera e ao meu compositor favorito, Giuseppe Verdi, pretendo apresentar o Dueto de Amneris e Radamés do 4º acto da ópera Aida, soberbamente interpretado por Placido Domingo e a mezzo-soprano Agnes Baltsa em 2005. Esta apresentação é parte integrante da gala comemorativa do 50º aniversário da reabertura da Vienna State Opera após a 2ª Guerra Mundial (5/11/1955), com a Wiener Philharmoniker dirigida pelo maestro Daniele Gatti.
A força das duas interpretações e a qualidade do acompanhamento instrumental levaram à criação de um momento majestoso de arte vocal.
A música Nella Fantasia (Gabriel´s Oboe), composta por Ennio Morricone é uma das mais usadas por tenores com vozes de estilo operático, mas que não são efectivamente cantores de ópera (como por exemplo Russell Watson e o grupo Il Divo) para apresentarem os seus dotes musicais. No vídeo que se segue este compositor e maestro genial dirige a orquestra Roma Sinfonietta num excerto do Concerto para Orquestra Sinfónica e Coro Polifónico e o mesmo ocorreu na Arena di Verona em 2002.
Esta é sem dúvida para mim a apresentação mais bela de sempre desta música, o que se deve ao seu criador indubitavelmente. Respira-se uma enorme paz de alma ao longo de toda a melodia.
Num registo clássico pretendia hoje apresentar uma das obras mais poderosas de sempre, o Bolero, composto em 1928 por Maurice Ravel. De entre todas as apresentações que já vi desta obra, apenas as que foram dirigidas pelos maestros Georges Prêtre e Herbert von Karajan, ambos a dirigir a Berliner Philharmoniker me tocaram e muito.
A apresentação desta obra que deixo de seguida está integrada no Concerto da noite de S. Silvestre (31/12/1985) pela Berliner Philharmoniker e dirigida por Herbert von Karajan.
Parte I
Parte II
Herbert von Karajan provou neste concerto que aos 77 anos mantinha a genialidade das suas prestações, apesar das limitações físicas. Absolutamente electrizante.
Dado que os A-ha são o meu grupo preferido é justo que tenham lugar de destaque sempre que decido indicar uma apresentação de música pop/rock que me agrade. Desta vez podemos ouvir o tema principal do filme 007 de 1987, The Living Daylights; a apresentação faz parte do concerto que o grupo deu no passado dia 15 de Setembro no porto da cidade de Kiel (norte da Alemanha).
É fantástico ver os três miúdos nórdicos que há 22 anos arrasaram o panorama musical mundial continuar a cantar com gosto e profissionalismo de sempre.
Continuando a postar músicas da minha banda preferida, A-Ha, cabe esta vez a Hunting High And Low, escrita por Pål Waaktaar e lançada em 1985. É mais um mega êxito do grupo (o vídeo é o videoclip oficial da música), algo que se deve fundamentalmente à voz singular do vocalista, Morten Harket.
Na minha opinião, o equilíbrio entre os graves e agudos da sua voz é perfeito .
Fazendo hoje uma incursão no universo clássico, pode-se ver de seguida uma apresentação da abertura da ópera O Barbeiro de Sevilha de Gioachino Rossini, pela NHK Symphony Orchestra (Tóquio) em 1998 e dirigida pelo maestro Charles Édouard Dutoit.
Ainda do grande realizador, Sir David Lean, este ano faz 42 anos que se estreou outra pérola da Sétima Arte, o filme Dr. Jivago. Com cenários fabulosos e um argumento poderoso, a música deste filme teve um sucesso estrondoso e é um vídeo com a apresentação da suite deste filme que apresento de seguida. Trata-se uma apresentação integrada no espectáculo de homenagem póstuma a Sir David Lean em 1992 e Maurice Jarre dirige a Royal Philharmonic Orchestra.
Estamos perante uma música imortal digna de elevar o seu compositor à categoria de génio.
Deve-se a Simon Cowell o aparecimento deste excelente grupo musical, Il Divo, que se tornou num dos maiores fenómenos musicais deste início de século. São elementos do grupo dois tenores (Urs Bühler e David Miller) e um barítono (Carlos Marín), oriundos do meio operático e ainda Sébastien Izambard, do meio pop.
O vídeo que vos deixo é uma apresentação de 2006 no Greek Theatre em Los Angeles, onde o grupo canta de forma literalmente poderosa, Solo Otra Vez, do segundo album, Ancora.
Sendo um leigo em matéria de canto lírico, eu tenho uma certa alergia às sopranos, porque a maioria esmagadora delas em vez de cantarem, literalmente berram em tons agudos que para mim são impossíveis de aturar. Há uma grande senhora, que faz 81 anos daqui a dois dias que se destaca totalmente dessa regra, a Dame Joan Sutherland. Ela foi mestra no uso racional e belo do potencial vocal que Deus lhe deu e em minha opinião é um prazer ouvi-la.
Deixo de seguida a ária Sempre Libera da ópera La Traviata de Giuseppe Verdi cantada por ela em 1966. Aqui verifica-se a razão pela qual esta grande soprano foi apelidada de La Stupenda.
A música Alive and Kicking, lançada pelos Simple Minds em 1985 é mais uma prova inequívoca a meu ver das qualidades vocais de Jim Kerr na década de 80. As prestações actuais do vocalista são medíocres, resultado do desgaste derivado de uma vida de abusos, suponho eu.
Ficam as prestações do grupo naqueles anos como referências musicais para muita gente.
Maurice Jarre é um compositor para sempre associado aos temas dos principais filmes de Sir David Lean (na foto).
No vídeo que se segue pode-se apreciar uma excelente apresentação da Suite do filme Lawrence da Arábia pela Royal Philarmonic Orchestra, dirigida por Maurice Jarre, num espectáculo de homenagem póstuma a Sir David Lean, em 1992.
Consta, pelo que tenho lido ao longo dos tempos que Sir David Lean era um grande cavalheiro e muito amigo dos seus funcionários e isso será a base justificativa da saudade que Maurice Jarre sente e que o leva às lágrimas no fim da sua apresentação.
Em 1992 Frank Sinatra gravou o primeiro de dois CD's que acabariam por seu seu testamento discográfico para a eternidade. Tanto Duets I como Duets II venderam cada um deles 1000 milhões de cópias (isto foram os valores que na altura tomei conhecimento) e foram um sucesso brutal no mundo inteiro.
Às interpretações de Sinatra há a apontar a alegria com que ele interpretava as músicas (coisa que actualmente não existe; actualmente é moda que um artista para se afirmar como sexy e talentoso põe-se com uma cara de bandido(a) ou coitadinho(a)/desgraçadinho(a) que pessoalmente acho uma tristeza, um desastre).
Se há muito pouco tempo faleceu uma das maiores vozes do meio operático, Luciano Pavarotti, faz este ano 8 anos que faleceu aquele que a meu ver terá sido o maior tenor de todos os tempos, Alfredo Kraus.
No vídeo que apresento a seguir é cantada por Kraus a ária Pourquoi Me Réveiller da ópera Werther de Jules Massenet. A apresentação ocorreu em 21 de Fevereiro de 1998 no Teatro Real de Madrid (os reis de Espanha estavam a assistir).
Interpretação vocal arrasadora pelo poder da sua voz mesmo aos 71 anos e a entrada com violoncelos e harpa é impecável, a sonoridade é perfeita.
Dado que tenho 35 anos conheci o Frank Sinatra pela televisão e pelas cassetes VHS mais ou menos com o aspecto da fotografia de cima (ou seja, a partir da década de 80, estava já ele na terceira idade). A voz deste homem mexeu comigo e acabou por se tornar a minha principal referência musical.
Nunca se ouviu este homem respirar para cima de um microfone, mesmo no final da sua vida, cheio de problemas de saúde. Â sua técnica vocal era notável e a meu ver nunca mais apareceu ninguém com um nível semelhante.
Deixo aqui o vídeo de um grande sucesso, New York, New York. Escrita por Fred Ebb e John Kander e interpretada inicialmente pela Liza Minelli em 1977 para o filme de mesmo nome, foi posteriormente (1979) eternizada na voz de Sinatra (esta canção passou a ser uma imagem de marca do artista até ao seu desaparecimento).
Deixo aqui para a apreciação de todos Ave Maria da ópera Cavalleria Rusticana (a sinopse da obra encontra-se aqui) de Pietro Mascagni (ver biografia aqui). O vídeo apresenta-nos duas vozes, uma delas eu não conhecia e foi uma surpresa pela suavidade dos seus agudos: Sissel. Dirige a orquestra o maestro Marcello Viotti, falecido há dois anos.
O poder da prestação de Placido Domingo nunca apaga a voz de Sissel, a combinação vocal resultou na perfeição a meu ver.
Os A-Ha são um grupo rock-pop nascido em 1985 e que marcaram a década de 80 com algumas músicas que ganharam o estatuto de lendárias ou eternas.
Os elementos do grupo são: Morten Harket (voz), Magne Furuholmen (teclas/voz) e Paul Waaktaar (guitarra/voz).
Apresento de seguida Take On Me. É de caras a minha música preferida dentro deste estilo.
Muitos renderam-se à voz singular de Morten Harket e actualmente com 48 anos ele mantém as mesmas capacidades vocais (evidentemente que há sempre algum peso da idade, mas tal não lhe trouxe grande prejuízo nas suas prestações - é só assistir a vídeos actuais do grupo e constatar esse facto).
Uma das passagens mais lindas da ópera Nabucco de Giuseppe Verdi (mais informações sobre esta obra aqui) é o Coro dos Escravos Hebreus. O vídeo que se segue é uma apresentação de luxo de Va pensiero; toca a orquestra Filarmónica de Berlim dirigida pelo maestro Claudio Abbado.
Eu sempre gostei de música e de filmes do tempo dos meus avós e este blog é um meio de apresentar e dar a conhecer alguns músicos brilhantes que as areias do tempo estão a votar ao esquecimento. Eu aproveitei nos meus tempos de teenager para ver tudo o que eram filmes antigos que passavam na RTP e homenagens a artistas que começaram a trabalhar mais ou menos na altura em que começou a 2ª Guerra Mundial. Hoje, que já ninguém fala neles e dado que a maioria já faleceu eu acabei por ficar com um conjunto de memórias que acho realmente serem uma relíquia.
Danny Kaye, falecido há 20 anos (ver biografia aqui) foi um actor e músico exemplar; um comediante como, a meu ver, não voltou a aparecer nenhum no mundo do espectáculo. Foi também o único maestro que conseguiu introduzir o humor dentro de um concerto de música clássica e o vídeo que apresento a seguir é um excelente exemplo disso mesmo, ele dirige a Orquestra Filarmónica de Nova Iorque numa apresentação completamente sui generis da Marcha Triunfal da ópera Aida de Giuseppe Verdi. A paródia a meu ver é total e no fim desta apresentação louca ele demonstra os seus dotes de maestro.
Na música clássica escolhi desta vez a ária Brindisi da ópera La Traviata de Giuseppe Verdi (ver uma sinopse aqui). A apresentação é de 1986, cantam Placido Domingo, a soprano Lucia Popp e o maestro é Edward Downes.
Na minha opinião uma das bandas que personifica a excelência e profissionalismo no universo rock desde 1983 são os Bon Jovi. A voz de Jon Bon Jovi para além de potente tem um timbre único; é um cantor que me enche plenamente as medidas quando pisa um palco. A seguir podemos ver uma apresentação da banda no espectáculo Live8 em 2005; a música é Livin' On A Prayer.
Voltando ao universo da música clássica podemos ver a seguir o vídeo da apresentação da Suite Nº. 2 do ballet Romeu e Julieta, Op. 64b, composto por Sergei Prokofiev em 1936 (ver biografia do compositor aqui). A orquestra é dirigida por Charles Latshaw.
Apresenta-se de seguida a abertura da opereta Candide (um bom site para entrar no contexto desta obra encontra-se aqui), composta por Leonard Bernstein (ver biografia aqui) e dirigida também por ele. Esta apresentação é de 1989.
Don´t You, Forget About Me foi um sucesso brutal dos meus tempos de teenager e nunca esqueci nem o teledisco nem a melodia e já lá vão 22 anos. Para mim esta música teve aquele toque de imortalidade. Foi escrita por Keith Forsey e Steve Schiff e esta música pertencia à banda sonora do filme The Breakfast Club.
Pretendo apresentar todo o tipo de expressão musical que seja um reflexo dos meus gostos pessoais e que possa ser também daqueles que me lêm.
Eu não sou músico nem nada que se pareça, embora cante desde pequeno em casa e comecei a cantar num coro de jovens de uma paróquia aqui onde vivo, algo que me tem dado um gozo enorme. Isto serve para explicar que todo o tipo de música que eu gosto deriva daquilo que a mesma me faz sentir e dos conhecimentos (poucos por enquanto) que tenho em termos de técnica vocal.
O maestro veterano Georges Prêtre é o mestre dos pianíssimos e é a causa de eu ter começado a gostar de música de orquestra há uns três, quatro meses atrás. O som que o antigo maestro da soprano Maria Callas retira de uma orquestra é a meu ver algo de excepcional.
A seguir a Dança Húngara nº 1 de J. Brahms em sol menor com a Orquestra Sinfónica da Rádio Stutgart dirigida por este grande senhor da música.
Sugiro que estejam atentos ao Concerto de Ano Novo em que a Orquestra Filarmónica de Viena Vai ser dirigida por ele.
